quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Erro ou um passo para o acerto?








Erro: palavra temida por muitos ou por todos. Erro significa a primeira vista fracasso, falha, ou qualquer outro sentindo que expresse o oposto de acerto. Mas será realmente que errar significa exatamente o oposto de acertar? Ou será errar um passo para o acertar? Ou ainda acertar parcialmente?

Para Jean Piaget o erro pode sim transformar-se em algo construtivo e que cabe ao professor encaminhá-lo para esse sentido. Piaget caracterizou alguns tipos de erros freqüentes, abaixo caracterizarei três deles.

O primeiro erro na concepção de Piaget se trata de uma pequena distração da criança com algo um tanto irrelevante se levar em consideração que à maior parte do que ela deveria ter aprendido já está ‘assimilada’ e ‘acomodada’, usando as expressões do mesmo. Trata-se de um erro cometido sem que a criança perceba no momento, mas que esta saberia após uma análise que está errada e corrigir-se-ia. Um exemplo desse tipo de erro na área de história seria a troca de nomes de principais figuras de algum evento significativo para a sociedade, ou d período em que este ocorreu. Como numa explicação sobre o descobrimento algum aluno trocasse Pedro Alvares Cabral por D. Pedro I, a estrutura do tema está formada, mas por um descuido houve a confusão de nomes. Para que este conflito se estabilize na criança, uma ajuda poderia fazer uma revisão sobre as duas figuras e seus papeis na história do Brasil e estabelecer relações entre os nomes ou datas com fato histórico.

O segundo erro seria a associação de certo conhecimento a somente um caminho, causa ou conseqüência sem levar em conta as relações estabelecidas. A criança aprende uma forma de executar determinada tarefa e utilizar os mesmo métodos para efetuar outra de natureza distinta. Um exemplo na área de história poder-se-ia a associação da escravidão de negros no Brasil colônia com toda e qualquer escravidão que já existiu, para a criança não importa qual época ou localidade a escravidão será/foi sempre sobre negros. Ela não consegue associar a escravidão a outros povos ou “raças”, não consegue compreender que na antiguidade os escravos eram gregos, romanos, herbreus. A criança sabe o conceito de escravidão mais não consegue relacionar os vários tipos. Uma escolha para a resolução deste conflito poderia ser um trabalho um tanto mais profundo, ou até mesmo uma discussão coletiva entre alunos e professores sobre os distintos formas de escravidão e suas respectivas “preferências” quanto ao tipo de escravo.

Já o terceiro erro segundo Piaget, se constitui da seguinte forma: a criança não percebe o erro, mais ainda ela concebe o erro como um acerto, pois não consegue enxergar diferenças entre o que ela vê e o que ela reproduz. Aquilo não lhe causa conflitos de idéias, porque essa distinção não lhe diz nada, não tem significado para a mesma. É como se ao estudar relações sociais estabelecidas durantes as revoluções francesa e industrial, não lhe dissesse respeito, não alterasse a sua forma de perceber as relações a sua volta, como se o que ocorreu na Europa em pleno século XVIII não refletiu na sua realidade hoje. Levar os acontecimentos uma proximidade com o cotidiano do aluno seria uma boa proposta para equilibrar as idéias da criança.

A partir destas definições e sugestões sobre os três erros destacados aqui é possível constatar que o erro numa sala de aula na maioria das vezes é fundamental para que o aluno consiga posteriormente construir estruturas necessárias para um acerto mais “fácil”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Uma ilha de idéias







Pelo que pude perceber o professor reflexivo não pode resumir-se ao que dizem ser um professor reflexivo. Ele deve se articular diante das situações de seus alunos, da turma a ser trabalhada trazendo contribuições dos vários estudos realizados sobre uma profissão docente critico-reflexiva. Utilizar recursos visuais, que fujam do livro didático ou da forma de ensinar formal presa à sala de aula sem deixar de interagir com o conteúdo, são boas proposta de se começar a trabalhar de forma reflexiva em sala de aula.

Um curta com desenvoltura capaz de atrair a atenção dos alunos, como “A ilha das flores” é bastante proveitoso numa aula de história por exemplo. Há uma infinidade de co-relações que pode-se fazer entre os conteúdos da disciplina e o curta, o que primeiramente me veio à mente foi mostrar para os alunos o quanto o fatos históricos estão interligados uns aos outros, algo que estes tem muita dificuldade, assim como na historia do curta onde o ‘tomate’ percorre por vários caminhos mostrando que tudo está relacionado e que para tudo há uma causa e conseqüência, assim como na nossa história.

Poder-se-ia fazer uma atividade na qual pedíssemos para os alunos identificar no filme coisas relacionadas após isso um estudo dirigido sobre vários temas em grupo seguido de uma discussão poderia levá-los a interpretar os fatos da mesma maneira como interpretaram o filme.