sábado, 3 de outubro de 2009

Qual modelo seguir?







Na verdade a pergunta deveria ser: Devemos seguir exatamente um modelo? Na minha concepção não. Se de fato trabalhamos ao longo de quatro anos para tornamo-nos professores, acredito que nunca seremos aquele ou outro modelo. Mas a que me refiro? À modelos de tipos de professor. E quais são eles? O racional-técnico e crítico-reflexivo.

Irei caracterizá-los de acordo com o artigo “O Saber Psicológico e a Docência: Reflexões sobre o ensino de Psicologia na Educação” da Doutora em Psicologia Educacional Priscila Larocca.

Racional-técnico: o tipo tradicional. Chamado de positivista, este professor se apropria das teorias psicológicas para planejarem suas aulas e para ele primeiro vem a teoria para depois vir a prática. Há também uma hierarquia dos saberes e do profissional, seria o cientista um nível mais alto que o professor, e a teoria mais importante que a prática, sendo a primeira seguida rigorosamente. Sua “formula educadora” é utilizada em qualquer situação, ou seja, em qualquer turma, colégio ela daria certo.

Crítico-reflexivo: reflete sobre sua prática com ajuda das teorias. O pensar interage com o educar, sendo que o próprio professor sabe que é capaz de também produzir conhecimento e teorias sobre sua prática. Há também uma reflexão sobre o objetivo da educação, do seu papel como educador e formador de cidadãos. A consciência de que deve unir o conteúdo à formação do aluno como um ser pensante e cidadão da sociedade na qual está inserido. Não se remete somente às teorias, através da sua prática elabora seu planejamento de aula que segue os padrões dos sujeitos aos quais este será aplicado.

Após esta exposição fica claro que não há como se restringir à apenas um deles e somente a eles, há de se fazer o seu modelo. Acredito que serei um pouco de cada e de mim mesma. Porém, sinto-me mais inclinada à proposta do professor crítico-reflexivo. Se a forma como você passa os conteúdos e a forma com que se relaciona com seus alunos está obtendo respostas positivas numa turma e em outra não, é claramente perceptível que deve se pensar outra maneira de se efetivar seu objetivo. Ajustes sempre se farão necessários, o interessante é que sempre se renove a cada turma, ano, semestre...

Concluindo, modelos são apenas orientações do que de fato regras.


Fonte da imagem: http://www.dukembanetimpact.org/img/Direction.jpg

Fonte do texto referido: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932000000200009&lng=es&nrm=

Encontro incial









Primeira aula de Psicologia da Educação (29/09), cadeiras em circulo, sala de aula um tanto distante da nossa “origem”, do Módulo VII ao Prédio de Pós-graduação em Letras e Artes (Módulo II). Lugar novo, disciplina nova, professora nova, os mesmos colegas de à quase um ano... é o tempo passa rápido.



Uma aula de apresentação, coisa que fazemos todo semestre, então qual a diferença desta? Muita. Pergunto-me: Será isto necessário? Uma apresentação? Após a aula, estava bem mais à vontade, creio então que vale a pena, se faz necessário. Porém, apesar de dois semestres juntos, mal nos conhecemos e acho que poderia ser mais abrangente que apenas responder perguntas como: “Como gosta de ser chamado?”, “O que mais valoriza?”, “O que acha que deve mudar?” e “O que você faz que considera importante?”. Sim, isso ajuda bastante. Mas sinto que algo falta talvez um comentário seu sobre uma das perguntas ou um “puxar” através das respostas, de outras perguntas. Por exemplo, as vezes perguntamos de que colégio veio o aluno então após este responder podemos fazer a seguinte pergunta: "Lembra-se de algo marcante, o qual considera muito importante e que o fez mudar ou afirmação algum aspecto em sua personalidade?" Acho que poderia ser um impulso para que este não tivesse medo de expor alguma experiência que considera importante. Perguntas mais especificas de acordo com as respostas do alunos, seria isso que eu acrescentaria.



Como futura educadora, agora concordo com a aula de apresentação no início de um trabalho com uma turma. Não pensava dessa forma até duas aulas desse tipo que me ocorreu essa semana, é uma forma de encontrar possíveis coincidências em nossas respostas ou falas. Nessa aula descobri que alguns colegas, os quais eu nunca imaginaria, pensam da mesma forma que eu em certos aspectos. Engraçado que uma das minhas respostas, neste caso resposta para a pergunta: “O que mais valoriza”, respondi “lealdade” à minha dupla. O que tem de engraçado nisso? Bom, nesse mesmo dia tive a prova de que nem sempre encontramos isso em nossos próprios amigos, ou quem achamos ser nossos amigos. E isso mexeu demais comigo, acho que foi o impulso final que me levou a escrever num “webfolio”, além de ter sido solicitado pela professora.



Falando um pouco mais sobre a aula, elaboramos também cada dupla um desenho de seu “parceiro”. Essa parte achei que foi mais significativa até que a entrevista, através dos desenhos consegui perceber a visão que cada um tem do outro. Não sei se era essa a intenção da professora, mas foi o que me ocorreu. Seria interessante fazer algo do tipo com meus futuros alunos. Mas, embora tenha sido uma aula de apresentação, tivemos um momento relaxante, zen, desestressante, um alongamento também em dupla num certo momento. Não sei se conseguiria fazer numa turma de ginásio algo do tipo, mas não custa nada tentar algum dia, quem sabe não acalmam-nos um pouco mais?



Enfim, dessa primeira aula há muito que aproveitar e mais ainda o que adicionar. Ao longo do tempo irei pensar mais nisso e elaborar algo bastante criativo e oportuno, com certeza.